quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Ajuda a AJUDARIS


A AJUDARIS é uma associação particular de carácter social e humanitária de âmbito nacional, sem fins lucrativos, que luta diariamente contra a fome, pobreza e a exclusão social.
Foi fundada em Julho de 2008 e considerada de Utilidade Pública desde Outubro do mesmo ano. A AJUDARIS figura assim como uma IPSS – Instituição Particular de Solidariedade Social.
Foi fundada por um grupo de voluntários que, pontualmente, faziam Intervenção Social, no terreno, junto de populações mais carenciadas do Grande Porto. Perante os constantes apelos da comunidade apoiada, surgiu a necessidade de criar respostas mais regulares, organizadas e eficientes que visam o desenvolvimento de um trabalho multidisciplinar.

Objectivos
  • Promover diversas actividades de carácter social e humanitário que contribuam para a inclusão e integração social;
  • Auxiliar no combate à pobreza persistente e às novas formas de exclusão social, através da garantia dos direitos básicos de cidadania, visando auxiliar os grupos mais desfavorecidos;
  • Articular e complementar o trabalho social com as várias Entidades Públicas e Privadas;
  • Criar Equipamentos Sociais e Redes de Cooperação que possibilitem um apoio individual tendo em conta as problemáticas e idiossincrasias de cada Utente.
A Missão
Estimular e promover a qualidade de vida dos seus utentes, visando desenvolver a autonomia, combater a solidão, bem como, promover a interação destes com as suas famílias, com grupos sociais de faixas etárias heterogéneas, instituições e comunidade em geral.

Valores e Princípios
  • Humanização e personalização no atendimento, na ação e nos serviços prestados;
  • Respeito pela individualidade, privacidade, intimidade e direito dos utentes e colaboradores;
  • Espírito de acolhimento e de solidariedade;
  • Envolvimento, dedicação e compromisso em todo trabalho a desempenhar.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

"O homem das castanhas é eterno"

Na Praça da Figueira, ou no Jardim da Estrela, 
num fogareiro aceso é que ele arde. 
Ao canto do Outono, à esquina do Inverno,
 o homem das castanhas é eterno. 

Não tem eira nem beira, nem guarida, 
e apregoa como um desafio. 
 É um cartucho pardo a sua vida, e, 
se não mata a fome, mata o frio. 

Um carro que se empurra, um chapéu esburacado, 
no peito uma castanha que não arde. 
Tem a chuva nos olhos e tem o ar cansado 
o homem que apregoa ao fim da tarde. 

Ao pé dum candeeiro acaba o dia,
 voz rouca com o travo da pobreza.
 Apregoa pedaços de alegria, 
e à noite vai dormir com a tristeza.

 Quem quer quentes e boas, quentinhas? 
A estalarem cinzentas, na brasa. 
Quem quer quentes e boas, quentinhas? 
Quem compra leva mais calor p'ra casa.

 A mágoa que transporta a miséria ambulante, 
passeia na cidade o dia inteiro. 
É como se empurrasse o Outono diante;
 é como se empurrasse o nevoeiro.

 Quem sabe a desventura do seu fado?
 Quem olha para o homem das castanhas?
 Nunca ninguém pensou que ali ao lado 
ardem no fogareiro dores tamanhas. 

 Quem quer quentes e boas, quentinhas? 
A estalarem cinzentas, na brasa. 
Quem quer quentes e boas, quentinhas?
 Quem compra leva mais amor p'ra casa.

S. Martinho e as castanhas